quarta-feira, 9 de setembro de 2009


Em entrevista exclusiva ao Bravewords.com, o vocalista do EUROPE, Joey Tempest, falou sobre o atual momento da banda e questões relacionadas ao passado.

Desde a reunião da banda, vocês parecem ter centrado forças no mercado europeu. Quais são os planos em relação à América?

Devemos focar a América em 2010. Nesse momento há um grande interesse em nosso novo álbum, “Last Look At Eden”, na Europa, então vamos dar prioridade.

Nos 80’s, a banda parecia ser muito controlada pelas gravadoras, que queriam um som mais Pop e voltado para as rádios. Os últimos três discos contam com guitarras mais pesadas em relação ao passado. Vocês estão felizes em ter liberdade para criar sua própria música?

As gravadoras tinham muito poder nos anos 1980 e começo dos 1990. Tínhamos um contrato milionário com a CBS/SONY nos Estados Unidos. Eles eram fortes, mas dificultavam o controle do processo criativo. Era difícil nossas idéias fecharem. Atualmente somos donos de nossa música, planejamos as turnês e temos contato direto com os fãs. É ótimo ter controle e liberdade. Fazemos exatamente o que queremos e parece estar funcionando.

De 1995 a 2002, você lançou três trabalhos solo. Você planeja gravar mais?

Aprendi muito com esses discos e tenho orgulho deles, mas não posso conciliá-los com a carreira do EUROPE. É um ou outro. Talvez um dia eu faça outro disco, mas não tenho planos no momento.

A banda parece ter decidido se afastar da nostalgia e centrar forças em fazer músicas novas. Qual a importância de se estabelecer no cenário atual? Certamente seria mais fácil juntar-se a uma turnê das hair bands dos anos 1980.

Quando recomeçamos, planejamos a carreira a longo prazo, com novos trabalhos de estúdio e nos restabelecermos na cena. Sabíamos que levaria tempo, mas finalmente parece estar valendo a pena.

Seus dois maiores hits são “The Final Countdown” e “Carrie”. Olhando para trás, o que você pode nos dizer sobre essas canções? Qual a importância delas em suas carreiras? Você ainda gosta de tocá-las?

Vamos colocar assim: não escutamos “The Final Countdown” no carro, mas amamos tocá-la ao vivo. Ela possui aquela mágica que une as pessoas. Essa música foi escrita para os shows e para os fãs. Queríamos uma música para abrir nossas apresentações. Ela tinha quase 6 minutos, não foi escrita para virar um hit. Em relação a “Carrie”, atualmente a tocamos apenas com violão e piano e deixamos o público cantar o refrão. É legal resgatar essa canção para o seu básico.

Fale sobre “Last Look At Eden”.

Esse é, provavelmente, o nosso trabalho favorito do EUROPE. Ele tem muito groove, Blues e Rock. Não planejamos nada, apenas seguimos nossos instintos e nos divertimos. Escrevemos boa parte dele durante a tour do “Secret Society”, então ele tem um feeling de som ao vivo nos riffs. Embora boa parte tenha sido feita por mim, todos contribuíram com idéias. Nos encontramos em Estocolmo para compor.

Qual sua opinião sobre a atual situação do mercado da música? Os discos estão mortos?

Para o nosso tipo de banda, é um tempo fantástico. Se o grupo é bom ao vivo, ainda há milhares de lugares para se tocar. Ainda conseguimos gravar álbuns e lançá-los mundialmente. Também trabalhamos duro na internet, para ficarmos próximos aos fãs. É verdade que as vendas de CD’s caíram, mas ainda há os fãs que gostam de ter o produto, a arte, etc...

Depois da separação, você achava que um dia a banda se reuniria? Qual o seu sentimento agora que a volta está consolidada?

Sempre soubemos que voltaríamos a trabalhar juntos. Era apenas questão de tempo. Nunca dissemos que a banda tinha se separado, apenas queríamos dar um tempo depois de 10 anos viajando e gravando álbuns. A parada, no entanto, acabou se prolongando, graças a envolvimentos com outros projetos. Nos consideramos sortudos por estar aqui e ainda ter o reconhecimento.É um momento incrível para o EUROPE.


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